Ansiosa para tomar aquela decisão, desde a penúltima aula. Pensava se ligava ou não para ele. Imaginando as possíveis respostas ou diálogos, do que seria, talvez, naquele momento, a ligação mais importante de sua vida, tentando imaginar a voz no telefone, aquela voz, que nem mesmo, ruídos no telefone ameaçava a suavidade que lhe conquistara. Claro que diretamente, seria só uma ligação, não iria mudar sua vida, mas não era esse o sentimento essa altura, o frio na barriga, os olhos no relógio, a hora não passava. O sinal toca. Ultima aula, o momento se aproxima, o numero dele é o primeiro na lista de ligações feitas, não que ela já tenha ligado, mas, as vezes que digitava o número e colocava no ouvido tentando sentir alguma coisa que não sabia o que era, talvez, tentando ensaiar uma falsa coragem para apertar o botão verde. De hoje não passa, a primeira frase já estava ensaiada. Tudo certo, ele pediu para anotar o telefone, então queria que ligasse. Para ela não era fácil aquela situação, todas as duvidas lhe apareciam. Na volta para casa dizia: ”se passar de três toques eu desligo”, não queria incomodar, queria apenas, alegrá-lo, quem sabe convidá-lo para sair ou só escutar a voz, a tão suave voz. Chegou em casa, jogou a bolsa em um canto, o celular já em mãos, trancou a porta do quarto, queria apreciar o momento, digitou o número... Ligou, “chamando Roberto” dizia na tela. Primeiro toque... nada. Segundo toque... Nada. Terceiro toque, o coração batia mais forte, os olhos fechados... Atendem:
- Alô!
- Alô, Roberto?
- Não, Junior.
- Esse não é o celular do Roberto?
- Não.
- Ah! Desculpa, foi engano.

Que dó dela. Eu achei que ele atenderia.
ResponderExcluirengraçado, me identifiquei... não totalmente, enfim, sou confusa. Haha. Mas gostei do texto. ^^
ResponderExcluirASUAHSUAHUSHAUHSUAHSU Tadiinha, torci por ela!
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