Assistindo um filme qualquer, procurando algum sentido pra alguma coisa, ou apenas passando o tempo. O filme péssimo, atores conhecidos, o mesmo enredo de sempre, o casal se encontra por acaso, sofrem durante uma hora e pouco, e no final acontece uma briga, arrependido ele sai correndo do carro em um dia chuvoso e parte para os braços de seu grande amor. A cena do beijo final onde a música tema dos dois cresce e a câmera faz um giro em 360º no casal. Essa cena, tão romântica, tão cheia de amor, não me arranca nenhuma lágrima. Meu inconsciente parece informar que algo está errado comigo. Claro que isso é uma bobagem, segundo Freud nós não temos acesso ao inconsciente. Algo esta errado em tudo aquilo então. Um casal feliz não é normal. Gostamos de sofrer, e sofrer hoje em dia é normal. Se você observa alguém feliz quer dizer que você procurou a felicidade naquela pessoa, felicidade essa que você não possui. Então sentimos inveja, procuramos novamente e incansavelmente a tão sonhada felicidade e adivinha? Não a encontramos. Sofremos por isso. Sofremos por admitir isso. Então a vida nos prega uma grande peça parecida com a história do filme. Você encontra uma pessoa ao acaso, vê algo em comum então troca telefone, olhares, beijos e caricias. Ai quando tudo ta igualzinho ao filme, pertinho da cena onde tudo vai dar certo, a briga acontece, você percebe que essa pessoa não compartilha os mesmos planos que você – não que seja exatamente isso, mas essa é uma boa desculpa para jogar uma grade chance de ser feliz pela janela – e se separam. Não teve chuva, não teve beijo final. Apenas a câmera passando em 360º mostrando a nossa vida real do modo como é, e do modo como vai ser.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Amizade
Para falar a verdade você sempre esta em meus pensamentos, por mais distante que somos, por mais que meu complexo de inferioridade diz que você nem pensa em mim. Lembranças que tenho de você, um trecho da musica que cantávamos juntos, ou quando numa tarde penso em ligar pra alguém e a primeira pessoa que me vem à cabeça é você, preciso de você sempre. Essa ligação não se baseia em intimidade ou em convivência. Acho que o que nos une, ou o que me une a você – mais uma vez meu complexo de inferioridade – baseia-se na forma mais ingênua e sincera de amor. Amor esse sem medidas, que permite que chateações e desentendimentos passem despercebidos. Faço de tudo para chamar sua atenção, tenho ciúmes, sinto falta, sintomas de que você corresponde a uma parte de mim. Nunca terei provas de que o que eu sinto é recíproco, por mais que me diga o mesmo. Meu amor é sincero. Não gosto muito de admitir isso, confesso, parece que me torno fraco quando digo, mas ao mesmo tempo sinto orgulho de mim mesmo. Por isso julgo-me às vezes incapaz de amar alguém, mas lembro que você desperta um sentimento bom em mim. Sou capaz de achar que posso sentir isso por algumas pessoas, talvez. Mas aonde me identifico e procuro segurança é em você. Defino AMIZADE.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Tudo o que eu quero da vida ela não pode me dar. Como alguém pode mesmo assim amar a vida? Voltar ao passado, adiantar o futuro, não seria má idéia. Tudo seria tão mais feliz se nós tivéssemos e soubéssemos administrar a maquina do tempo. Mas então vamos chorar? Vamos nos matar para acabar de vez com isso que chamamos de vida? Não. Ainda resta uma pontinha de esperança em nossos corações arranhados e sofridos. Ainda resta aquela esperança de que tudo vai mudar. Concorda que é hipocrisia? Continuamos a esperar o amor de nossas vidas, correndo atrás dos nossos sonhos, esperando aquele tempo bom. Aquele tempo bom que nunca chega. Conformamo-nos então com um companheiro que apenas nos completa, com um emprego que nos sustente, com amizades que apenas não nos causam problemas. Queria ser do tempo em que morrer por um amigo em uma batalha era questão de honra. Será que hoje eu morreria por alguém? Lá no fundo acho que sim. Tenho medo até de admitir isso. Morrer é o alivio do sofrimento. Calma, não quero me matar. Quero ver onde tudo isso vai dar, noites pensando em o que fazer para melhorar a vida. Queria arranjar o amor da minha vida, morrer por amigos. Não sou normal. Daqui a alguns segundos todos iremos piscar e ver de que tudo isso é bobagem. Afinal, a VIDA é muito curta para desperdiçarmos tentando desvendá-la.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Louco e ponto.
Às vezes me pego agindo como se estivesse alguém esperando por mim. Digito um numero qualquer como se eu conhecesse e ligo. Claro que não termino a ligação, pois a gravação de créditos insuficientes me faz acordar do breve sonho. Algumas vezes o sonho se estende e eu imagino uma voz falando comigo. Tomo cuidado com os detalhes. Voz modificada pela a ligação, ruídos externos, não diz “Alô” diz apenas “Oi, meu amor!”. Um conforto que só a aquela voz me traz, quase um vício, finjo não ouvir para que diga de novo “Oi, ta me ouvindo amor?” respondo – em voz alta sim, por que estou sozinho, sonhando. – “Oi, onde você ta?”. Algumas vezes crio diálogos encaixando problemas do meu dia-a-dia, mas normalmente acaba no tão confortável “... ta me ouvindo amor?”. Não é crime sonhar, não tenho pudor em sonhar. Se eu falo sozinho? Mais do que o normal ousaria dizer. Carência? Quem não tem. Medo de nunca ouvir a voz? Desespero.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Talvez um retorno.
Li no twitter uma pessoa dizendo que era necessário um mínimo de narcisismo para achar que pessoas se interessem pelo que você escreve. No mínimo todos um dia já olharam seu reflexo na água de uma fonte ou um espelho qualquer, como narciso. Então se admiraram com a própria beleza e quiseram mostrar isso para alguém, nem que fosse uma beleza interior ou uma coisa sua que ache simplesmente brilhante. Mas talvez a escrita traga mais do que isso, talvez escrever afrouxa um pouco as cordas da insegurança que a cada amor, ilusão e pensamento nos enforcam sem dó. Fantasias, por que não organizá-las – mesmo sem entender – e divulgá-las, sem esperar que ninguém leia. Vamos apenas viver e expressar o que sentimos seja la como for.
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